
A hipertensão arterial, conhecida popularmente como pressão alta, é uma condição crônica caracterizada pela elevação persistente da pressão sanguínea nas artérias. Ela é considerada alta quando atinge valores iguais ou superiores a 13 por 8 (130/85 mmHg) e pode evoluir silenciosamente por anos, sem apresentar sintomas evidentes.
Essa ausência de sinais claros faz com que muitas pessoas não saibam que são hipertensas, o que aumenta significativamente os riscos de complicações graves. Em alguns casos, podem surgir sintomas como dor de cabeça, tontura, visão embaçada, zumbido no ouvido e sangramentos nasais — geralmente quando a pressão já está muito elevada ou descontrolada. Mas, mesmo na ausência de sintomas, os danos ao organismo podem estar ocorrendo.
Entre as principais causas da hipertensão estão fatores genéticos, consumo excessivo de sal, tabagismo, sedentarismo, sobrepeso, estresse e envelhecimento. O excesso de álcool e o uso contínuo de alimentos ultraprocessados também estão entre os principais vilões. A doença é mais comum a partir dos 40 anos, mas pode afetar adultos jovens, especialmente quando há histórico familiar.

O diagnóstico da hipertensão deve ser feito por um médico, com base em medições regulares da pressão arterial e análise do histórico do paciente. Embora existam aparelhos domésticos que facilitam esse monitoramento, apenas o profissional de saúde está apto a interpretar os dados corretamente e identificar a necessidade de tratamento.
Quando não tratada, a hipertensão pode trazer sérios prejuízos à saúde, afetando órgãos vitais como o coração, os rins e o cérebro. Ela é uma das principais causas de AVC (acidente vascular cerebral), infarto, insuficiência cardíaca e doença renal crônica.
O tratamento inclui mudanças no estilo de vida e, quando necessário, o uso de medicamentos para controle da pressão. A prática de atividade física regular, uma alimentação balanceada com baixo teor de sal, a redução do consumo de álcool, o abandono do cigarro e o controle do peso são atitudes fundamentais tanto para o tratamento quanto para a prevenção da doença.
A boa notícia é que, com acompanhamento adequado e comprometimento do paciente, é possível viver bem mesmo com hipertensão, reduzindo os riscos e melhorando a qualidade de vida.