O café é uma das bebidas mais consumidas do mundo, ficando atrás apenas da água. No Brasil, país que ocupa o segundo lugar no consumo global, o hábito de tomar café faz parte da rotina de milhões de pessoas. Dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) indicam que o consumo de café no Brasil cresceu 1,34% em 2020, com uma média per capita de 4,79 kg de café torrado por ano. Além de movimentar a economia e sustentar diversas famílias, o café também desperta curiosidade sobre seus impactos na saúde. Afinal, ele é um aliado ou um potencial vilão?

Quando consumido moderadamente, o café pode trazer uma série de benefícios para o organismo. Sua cafeína, presente em concentrações que variam entre 1% e 2,5% no grão, é um conhecido estimulante do sistema nervoso e do coração. Ela melhora a atenção, a memória e a concentração, além de contribuir para o desempenho físico ao acelerar o metabolismo. O café também é rico em ácidos clorogênicos, compostos com propriedades antioxidantes e anticancerígenas que ajudam a retardar o envelhecimento e a prevenir doenças inflamatórias e cardiovasculares.

Pesquisas sugerem, ainda, que o consumo regular e moderado de café pode estar associado a uma maior expectativa de vida, com estudos apontando ganhos de até 10% para homens e 15% para mulheres.

Cuidados com o Excesso

Embora o café tenha seus benefícios, o consumo exagerado pode trazer malefícios. Ingerido em grandes quantidades, ele pode aumentar a frequência cardíaca, causar fadiga, crises de ansiedade e elevar os níveis de colesterol e pressão arterial. Além disso, o excesso está associado a problemas gastrointestinais, como gastrite, refluxo e úlceras, devido à estimulação da secreção ácida no estômago. Para evitar esses efeitos negativos, a recomendação do Ministério da Saúde é limitar o consumo diário a três xícaras, ou cerca de 100 ml por dia.